O estado do Ceará vivencia momento de dificuldades no âmbito da questão da segurança pública
O aceno feito pelo vereador capitão Wagner, de que não há clima para a deflagração de uma nova greve no seio da Polícia Militar, deve ser visto como positivo no sentido de se criar um clima com vistas a distender a tensão que tem marcado a relação entre o governo os membros da corporação. Como é considerada uma das principais lideranças do movimento, espera-se que o oficial esteja falando com conhecimento de causa sobre os anseios da categoria, já que, se assim não for, o risco de se perder o rumo de uma possível paralisação será dramático. De qualquer forma, a fala do capitão Wagner é importante, por colocar também para a população o sentimento de que os policiais estão cientes do seu dever como agentes fundamentais no sentido da manutenção da ordem.
Ressalte-se também, e aí no âmbito do governo, o gesto do governador Cid Gomes ao conversar pessoalmente com representantes das mulheres do militares, comprometendo-se a reavaliar punições efetuadas contra alguns líderes do movimento. Infelizmente, o estado do Ceará vivencia momento de dificuldades no âmbito da questão da segurança pública, haja vista os indicadores negativos que se apresentam diariamente em vários setores ligados ao tema, e o que menos se espera nesse instante é o acirramento entre o poder público e os policiais. Já estamos vivendo no dia a dia uma sensação de medo crescente a atingir a sociedade, criando-se a impressão de um quadro de completo abandono.
Diante disso, a julgar pelo que se viu na última greve dos policiais militares no Ceará, o que se poderia esperar de uma nova greve, senão o estabelecimento de um verdadeiro clima de pavor? Além disso, havia a perspectiva de que a greve pudesse ocorrer durante o período da realização dos jogos da Copa das Confederações, o que poderia trazer prejuízos inimagináves em termos de imagem negativa para o Estado, levando-se em conta que grande parte do mundo estará com os olhos voltados para as cidades-sede dos jogos, das quais Fortaleza faz parte.
O POVO
Nenhum comentário:
Postar um comentário