segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ceará: Capitão Wagner e a patente de capitão



Foi dada a partida para um novo debate politico no âmbito da Policia Militar do Ceará: o direito de uso da patente em caso de disputa de mandatos políticos por parte dos seus integrantes. O capitão Wagner tem razão em ter afirmado que sua patente foi conquistada, que sua vida está ligada a polícia militar e que seu papel é de fortalecer uma categoria. Na política, os médicos e advogados são tratados de doutor, os religiosos de pastor, padre. Os membros do magistério são chamados de professores e porque eu não posso carregar minha patente de capitão? O capitão Wagner fez a pergunta no plenário da Câmara de Vereadores de Fortaleza e recebeu apoios e silêncio como resposta, ou seja, a casa onde representa o seu povo referendou seus discurso. 

No jornalismo não se pode sepultar a verdade ou esquecer a história. Durante mais de meio século, os coronéis tinham assento nos legislativos, principalmente na Assembleia Legislativa. A participação da polícia na política foi diminuindo por causa da própria orientação dos seus comandos. No legislativo cearense numa mesma legislatura cinco coronéis tinha assento na casa do povo. Só o histórico município de Lavras da Mangabeira tinha dois oficiais eleitos para o legislativo cearense. 


O capitão Wagner surgiu a partir de um vazio que existia dentro da classe dos militares, saudosa por uma representação. Não vou entrar no mérito dos seus métodos até porque ainda não estão bem esclarecidos. O que não se pode afastar é a imagem do PM que abraçou uma causa e politicamente está atuando em nome de uma tropa da sua patente. Seria cassar a verdade ou subtrair de um médico seu diploma, do tatuado sua tatuagem ou do papa Francisco, o título de Papa. 






Fonte:ROBERTO MOREIRA

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