O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu, esta quarta-feira, que o problema do país "não está nas taxas de juro, mas na dívida" acumulada e que para Portugal "ganhar qualidade creditícia" as contas "têm de bater certo".
"Há um mito que se instalou e eu gostaria de deixar um contributo para o afastar, que é o de que o Governo só não corta nos juros se não quiser", declarou Passos Coelho.
O chefe do Governo discursava num encontro com os Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) a propósito das comemorações do Dia do Trabalhador, num hotel em Lisboa.
Pedro Passos Coelho advertiu que é preciso "encontrar um entendimento sobre a realidade e não sobre a ficção" e que, "se fosse em razão dos juros", o país devia "preferir ficar a vida inteira sob a assistência económica e financeira", já que nunca pagou "juros tão baixos".
"Nós pagámos em 2012 qualquer coisa como 7,5 mil milhões em juros de dívida pública, foi o maior programa orçamental, mais do que a saúde, a educação e a segurança social, mas nunca as taxas de juro foram tão baixas em Portugal. Não é preciso, portanto, dominar grande aritmética para perceber que o problema não está na taxa de juro, mas na dívida, que é grande", sustentou.
O líder do executivo PSD/CDS referiu que "o mecanismo europeu e o fundo europeu constituem-se e levantam dinheiro em mercado em condições que só países com o melhor 'rating' podem alcançar e são justamente esses juros" que Portugal paga.
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