secretário-geral da entidade máxima do futebol, Jérome Valcke, mudou o tom mais uma vez. No começo da semana, falou que as sedes da Copa poderiam mudar até agosto, dando a entender que atrasos não serão tolerados. A indireta foi muito bem entendida pelos representantes do Corinthians e da construtora Odebrecht. O acordo inicial entre as partes era que o estádio de Itaquera ficaria pronto até o fim deste ano, mas o clube pretendia adiar a instalação de 20 mil assentos para o ano que vem. Em reunião de urgência, Valcke reuniu todas as partes e arrancou nova promessa de que tudo ficará pronto até o fim do ano.
Sendo assim, a Arena Corinthians foi confirmada como o local de abertura da Copa do Mundo no Brasil. Talvez isso tenha acontecido após o francês contatar que as obras do Maracanã não andam a toda velocidade. No discurso, está tudo lindo, perfeito e o Rio de Janeiro é maravilhoso. Na prática não é bem assim, de acordo com Régis Fichtner, secretário da Casa Civil do Governo do Rio, a previsão do fim das obras é para 24 de junho. A prefeitura diz que fica pronto até dia 27. E assim vai. Com sorte, fica pronto uma semana antes do amistoso da seleção brasileira contra a Inglaterra. Os dirigentes paulistas nunca desejaram tanto que a cidade de São Paulo tivesse uma Copacabana.
O Governo do Estado de São Paulo, responsável pelo financiamento dos assentos faltantes, deve se mexer em breve, com medo de ser responsabilizado por não ajudar São Paulo a sediar a Copa. Qual culpa é pior: emprestar dinheiro público para uma obra particular, ou ser sofrer retaliação com a exclusão do mapa da Copa? Milhares de turistas estarão no país e farão nossa economia girar. Só o Itaquerão terá capacidade para 68 mil torcedores. Difícil estar nessa posição.
A Odebrecht informou por meio de seus representantes que deve conseguir empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES para dar continuidade na construção.
O elenco do Corinthians só deve aproveitar o estádio em 2015.
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