terça-feira, 21 de maio de 2013

Cartão pagará clinicas para tratamento de usuários de drogas em São Paulo


Marcello Casal Jr. - ABr

No Estado de São Paulo, os usuários de drogas vão ser atendidos por um programa lançado pelo governo estadual. OCartão Recomeço é uma bolsa no valor de R$ 1.350,00, pagos diretamente às clínicas de tratamento para custear a internação de dependentes. Inicialmente, apenas 11 Municípios paulistas receberão recursos.

Três mil cartões serão destinados a Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. O papel das prefeituras será o de triagem dos dependentes. Elas terão de identificar os usuários e avaliar a necessidade de internação por um período máximo de 180 dias.
De acordo com o governo estadual, a escolha dos Municípios foi feita com base no tamanho da rede de referência em assistência social e saúde. O Estado é quem vai escolher e credenciar as clinicas particulares especializadas por meio de avaliações. As famílias não terão acesso ao dinheiro. Ele será depositado diretamente para as clinicas.

Extenso tratamento

As prefeituras selecionadas pelo governo estadual ainda não foram procuradas oficialmente, explica o responsável pela Divisão de Vulnerabilidade da Secretaria de Promoção da Cidadania da Prefeitura da São José dos Campos, Franklin Maciel.



Segundo ele, os Municípios não terão que complementar recursos, apenas fazer a “perícia dos dependentes” que dependerá de servidores municipais. “O custo é a logística”, completa. Franklin Maciel alerta que, em São José dos Campos, apesar de haver um bom número de clinicas particulares, apenas duas estão 100% aptas a serem credenciadas no Cartão Recomeço.




Amanda Cieglinski - ABr



O tratamento de usuários de drogas não é novidade em São José dos Campos. Lá eles possuem o Projeto Vencer. São desenvolvidas 40 ações, entre elas a internação de 115 dependentes e educação contra as drogas para mais de mil estudantes. São gastos R$ 40 por dia com cada internação. Um total de R$ 1,2 mil por mês com cada usuário.

Franklin conta que o problema das drogas é “enorme” devido ao tamanho do Município e atinge indiretamente toda a sociedade local. “Mas, a vontade de resolver também é grande”. Na opinião dele, o cartão não resolverá o problema, mas ajudará. “A internação é só uma fase. O projeto solto não funciona. É preciso a colocação no mercado de trabalho, o tratamento psicológico, entre outros”.


Ações conjuntas

Esta posição é compartilhada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A entidade tem alertado há alguns anos que as ações da União para o enfrentamento ao crack e outras drogas são ineficientes e o Observatório do Crack tem mostrado isso. Para a CNM, a problemática do crack é complexa e precisa ser trabalhada com políticas públicas conjuntas.



Assim como especialistas afirmam, o Observatório do crack acredita que a medida de auxílio financeiro às famílias é uma alternativa, mas é de extrema importância garantir leitos públicos e que o Sistema Único de Saúde (SUS) receba os usuários com infraestrutura adequada para este fim, pois a única preocupação que devemos ter é como dispor de tratamento para esta população.



Observação:

No Ceará
Município no Estado-184
Municípios pesquisados-156
Com Circulação de Drogas 141




Fonte: http://www.cnm.org.br

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