Gestores dos 175 municípios mais afetados pela seca sinalizam que as medidas trazidas pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não sanarão os problemas ocasionados pela maior dos últimos 50 anos.
Durante encontro com a ministra, na semana passada, em Brasília, os gestores já haviam apontado que a mera distribuição de máquinas seria ineficaz.
Para o vice-presidente da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece), Expedito José do Nascimento, o desafio que recaí sobre os ombros de Ideli é bem maior e o Estado deposita maiores expectativas na ministra: “Queremos um programa permanente de convivência com o semiárido”,
O deputado federal Arthur Bruno (PT) também afirma que há muitos pontos a serem discutidos e cobrados. “Tem a questão do abastecimento de água, já que muitos municípios estão em colapso. Há também denúncias de carros-pipa com água infectada. Outro problema é o milho, que não chega, o que preocupa os produtores que já não têm mais alimento para o gado.”
O parlamentar acredita, no entanto, que, nesse encontro, deverá trazer alguma novidade sobre o endividamento dos produtores rurais. “Já havia uma medida anterior prolongando a dívida para dez anos, dando uma moratória para até 2016. Mas, o fato é que os produtores estão tendo suas dívidas executadas e há certo desespero.”
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