sábado, 27 de abril de 2013

Bola é condenado por morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi considerado culpado por todos os crimes Foto: Renata Caldeira / TJMG / Divulgação
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi considerado culpado por todos os crimes



A juíza Marixa Fabiane Rodrigues ainda redige a sentença

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado neste sábado no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), pela morte e ocultação de cadáver da ex-modelo Eliza Samudio em 2010. A decisão dos jurados foi confirmada pelos advogados do réu e pelo promotor de Justiça Henry Wágner Vasconcelos Castro. O ex-policial foi considerado culpado dos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A juíza Marixa Fabiane Rodrigues ainda redige a sentença.


Um dos advogados do ex-policial, Fernando Magalhães, disse que não vai acompanhar a leitura da sentença e deixou o fórum. O promotor, bastante sorridente, foi cumprimentado por várias pessoas no salão do tribunal do júri. Os filhos de Bola e a mulher do ex-policial choraram bastante ao saber da decisão dos jurados.



O caso Bruno 

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

 No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

 No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado.


No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013. 




 Especial para Terra

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